quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Li recentemente, na revista mensal seleções, uma matéria que me deixou um tanto intrigada.
A matéria era mais uma daquelas imensuráveis lições de vida, de bravura, e comportamentos naturais de um ser humano, mas que passa a ter um tratamento especial, aos olhos dos editores da equipe.Mas o diferencial daquela matéria era, que: uma mulher que sofria na mão, do então marido doente com problemas psiquiátricos, que dizia ouvir vozes, dizendo que a mulher era reencarnação de uma mulher do século dezenove e que ela precisava morrer.
Tudo bem, ela tentou ajudar, em quanto o amava, depois ,simplesmente largou mão do ex-marido.
O que me deixou intrigada, nervosa, curiosa e principalmente revoltada é que: as pessoas são assim, em quanto há um interesse, é fácil e bom ajudar, os elogios que vem então com a boa ação, nossa, as pessoas são colocadas no maior dos pedestais, por atitudes não mais do que obrigatórias.
Será que não passou pela cabeça dessa mulher que, ele precisava de ajuda, e que se ele- que era um homem, bem sucedido-teve tantas alucinações, a agredia, e tinha tantos delírios, era por que ele realmente não estava bem, e precisa de apoio.
Mesmo que não houvesse de ajudar de perto, já que concordo que a vida dela, foi prejudicada, em vários setores; mas será que não poderia ajudar de longe, indiretamente? Fazer qualquer coisa, que pudesse ampara-lo?
Como essa mulher, pode dormir durante tantos anos, sabendo que o cara , no qual ela dividiu, anos de sua vida, estava atormentado, morando na rua e na miséria, por conta de sua loucura, e pior escrever para uma revista, afirmando que comemorou sua morte?
Pior é ouvir das pessoas que leram a matéria que ela tinha razão.

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